QUE FILME...
Escolhi um filme fofinho, inspirado na história de um primeiro amor intemporal, contado na 1.ª pessoa! Foi catita, meio morno, mas com uma narrativa que põe qualquer romântica de meia tigela, como eu, a pensar nas cenas da vida (para não usar outra palavra que, enunciada no singular, daria outra imponência à frase)!
Há milhentos filmes inspirados em histórias de amor reais… mas a verdade é que (por muito que gostássemos de viver de direitos de autor) a nossa existência não é um filme, nem tão pouco nos é concedida a possibilidade de fazer rewind!
Se nos é dado algum poder é o de viver o “nosso filme” com engenho, deixarmo-nos cativar (muito e sem vergonha) pelas pessoas que participam nos vários takes, chorar (muito e sem vergonha) com as dores que fragilizam, rir (muito e sem vergonha) com a alegria dos dias, alimentar a emoção (muita e sem vergonha), fazer uma pausa sempre que for indispensável e retomar apenas no dia seguinte se for preciso…
Allen Saunders disse um dia que «a vida é o que nos acontece
enquanto fazemos outros planos» (expressão imortalizada por John Lennon na canção “Beautiful boy”,
em 1980). Então, que tenhamos a coragem de olhar para a tela sem medo, de
entrar a pés juntos no enredo, de existir sem meias medidas e de mudar o
argumento as vezes que for preciso!
O meu primeiro amor de verão (Corunha – 1982)! Chamava-se Nicolau (ainda deve chamar-se), nunca mais o vi!
(agarremos a vida da mesma maneira que eu estou a agarrar-lhe o braço, e com a mesma expressão de espanto do meu irmão)
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