LIKE A FEATHER


Ontem, vindo “do nada”, a minha filha disse «e se fôssemos à praia?». Olhei pela janela e achei que ela estava louca, chovia sem folgas, mas pensei… porque não?!?! Vou negar uma proposta da minha adolescente? NUNCA! Organizei o trabalho, e fomos!

Em poucas horas (nesta fase, há que valorizar cada “migalha”), apanhamos um sol espantoso, repusemos conversas, dissemos disparates, fizemos perguntas constrangedoras, ouvimos (e cantamos) música “aos berros”, rimos sem razão aparente e gozamos da companhia uma da outra. A dada altura, enquanto ela fritava ao sol (sou incapaz), fui caminhar. Fechei os olhos, deixei-me levar pela sensação (extraordinária) dos pés descalços na areia molhada e do vento a tocar-me, e imaginei que, com ele, iam todas as minhas irritações!

Cantei em voz alta o refrão de uma música que “me veio à cabeça”, e que diz «I feel so light like a feather (…)». Ao deixar os pensamentos vaguear, tive uma epifania… Foi há exatamente 9 meses que assumi ´A` decisão da minha vida, e a leveza sobrepôs-se (efetivamente) a tudo o resto, a vida reassumiu novos sentidos e tem sido um caminho tranquilo descoberta pessoal… passei a dar(-me) espaço para ´ser` em mim, e para os outros, sem reservas! Nós, seres humanos, temos uma força imensurável quando, mesmo com medo, avançamos!!

Cantei mais alto, olhei para a minha filha ao longe, ri sozinha e, naquele momento, não precisei de mais nada!!
 

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