AO AMOR!
Desde que me lembro de mim que sou “contracorrente” … o meu pai não achava grande piada… não o dizia, mas o olhar dele era indisfarçável. Nunca admiti pensar por outra cabeça que não a minha, tinha muita dificuldade em entender pré-conceitos, tudo tinha de ser (e fazer) sentido, e não mascarava a vontade de me desafiar… aprender novas formas de SER e ESTAR. Mas… à minha maneira. Hoje, pouco ou nada mudou!
Numa conversa leve entre amigos, falava-se de
trivialidades, vidas, amores e desamores (de outros). Há quem diga que tenho um
instinto apurado… não sei se é verdade, mas o facto é que ia jurar que “vi” a
pergunta a formar-se nos olhos de quem ma fez (e teve a intrepidez de a verbalizar):
«E tu, quando é que arranjas um namorado?». A minha expressão facial/linguagem
corporal deve ter sido “tal”, que a (aquela) conversa ficou por ali… mas
continua a surpreender-me que continuemos colados a “imagens” do que é suposto
acontecer em determinados estágios da nossa vida… que continuemos a viver com
base em pressupostos que nos são transmitidos como se de uma fórmula se
tratasse… que se associe a alegria à necessidade de a encontrar fora de nós
próprios!!
Não tenho dúvidas que as “minhas pessoas” querem o
meu bem, mas também sabem que gosto que a vida aconteça, que só estarei onde
faz sentido, que defendo que há coisas que não se procuram nem impõem… ou são,
ou não são. Simples assim!
Descansem os vossos ânimos… continuarei, sempre, a acreditar
(e a ser) no amor. Todos os dias o experimento das mais variadas formas, deixando-o
manifestar-se da forma mais transparente que o meu e sorriso consente… é o que
me move, e todos sabem disso!
O que vier… virá sem que eu note. O que vier… virá
para acrescentar, não para compensar (nada). O que vier… virá como se nunca
pudesse ter estado noutro lado!
Onde quer que esteja, sei que o meu pai não o quereria
de outro modo!
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