SEDIMENTOS

Construímos a nossa história com base em memórias… em vivências que moldam a forma como fitamos os desafios que nos atropelam! Reagimos por impulso às situações que nos desinstalam, ajudando-nos a entender quem são os que ficam, e quais os que estão de passagem. Criamos trincheiras, achando que nos impedem de padecer… rimos de nós próprios para espantar os medos. Seguimos em frente à procura de entender que lições nos fazem crescer. Procuramos encontrar-nos em nós próprios, para que possamos ser a nossa melhor versão (também nos outros). Aprendemos o silêncio, para que consigamos comunicar. Levamos tempo ao tempo, para que nada fique por dizer!! Revivemos (vezes e vezes sem conta) o fundamento do que nos faz gritar…

Sei o que estava a fazer exatamente a esta hora, há exatamente um ano atrás, movida por um apetite sequioso e deliberado de ser… sem sedimentos! Ganhei-me, mergulhada em tanto para descobrir, que usarei cada milésimo da vida para saciar a sede que tenho em mim.

“Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...”

Alberto Caeiro

Comentários

Mensagens populares