À flor da pele
As mudanças são uma parte elementar do processo de
viver. Elas notam-se na tez (e firmeza) da minha pele, na forma como olho os
outros (e o mundo), na minha maneira de vestir (ou despir), na importância que
dou (ou deixo de dar) ao(s) que me rodeia(m) e, mais importante que tudo, na
habilidade que vou aguçando para aceitar estas transformações com serenidade. O
desafio é manter-me fiel a mim própria! É uma provocação feliz que me impele a prosseguir,
e que me mantém em constante (re)invenção e descoberta pessoais, sem perder o
que guardo de mais puro.
Ainda assim, há sempre algo que me excede, instantes
que perco no buliço dos dias, conversas que deixo de ter, emoções que não compreendo,
frustrações que não se dissipam e situações/pessoas que me tocam sem ser (só) à
flor da pele.
No fim de cada dia, tenho de ser capaz de olhar “para dentro” e ser alheia à sensação da falta de autodomínio. Hospedo a ânsia de ser (sempre) mais… por mim, e para os outros!
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